Resultados 2022
Vídeo poster do estudante Caio Bandeira Terrocci (projeto de extensão Sentinelas das Praias) - Congresso UNIFESP 2023:
Projeto de extensão SENTINELAS DAS PRAIAS.
Vídeo poster do estudante Gustavo Roth Rodrigues Santos (projeto de pesquisa PIBITI) - Congresso UNIFESP 2023:
Projeto de pesquisa PIBITI.
Desembocadura do rio Itaguaré, Bertioga/SP:
"O rio Itaguaré, nome de origem Tupi e significado “pedra das garças”, faz parte da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista com desembocadura na praia doItaguaré, no município de Bertioga. Sua vegetação é composta de Manguezal, Restinga e Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, que se dividem em seusmais de 12 km de percurso. O rio faz parte do Parque Estadual Restinga de Bertioga (também conhecido por “Polígono de Bertioga”), Unidade de Conservação de Proteção Integral comorigem em dezembro de 2010, possuindo 9.312,32 hectares e pertencente inteiramente ao município de Bertioga e que conta com as sub-bacias do, já citado, rio Itaguaré e do rio Guaratuba. A região é conhecida pelas praias pouco frequentadas e baixa densidade demográfica, com baixo número de imóveis, quase majoritariamente pertencentes a condomínios, mas com gradual aumento de visitação. A área obteve tal posto de preservação devido a estudos realizados que fundamentam a importância de sua preservação, no aspecto socioambiental, cultural e fundiário. O parque foi eleito por apresentar características vegetais pouco pertencentes no Sistema Paulista de Unidades de Conservação, mobilização da comunidade local e do alto risco de desmatamento e extinção de espécies. A região contém 98% da restinga remanescente da Baixada Santista, 117 espécies de aves (37 endêmicas e 9 ameaçadas), 93 de répteis e anfíbios (14 ameaçadas e 14 raras) e 117 de mamíferos (6 ameaçadas), além de 44 espécies vegetais ameaçadas de extinção. Sua proteção também se torna fundamental à rica e frágil geomorfologia que dá suporte a toda cobertura vegetal e fauna local."
Referências: PARQUE ESTADUAL RESTINGA DE BERTIOGA. Secretaria de MeioAmbiente, Infraestrutura e Logística.
Disponível em: <https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/parqueestadual-restinga-de-bertioga/>. Praia de Itaguaré: mar e rio em um mesmo local, verdadeiro paraíso. Costa Norte.
Disponível em: <https://costanorte.com.br/cidades/bertioga/praia-de-itaguaremar-e-rio-em-um-mesmo-local-verdadeiro-paraiso-1.353723>.".
Imagem 1: Rio Itaguaré, com desembocadura na praia do Itaguaré, à esquerda, e praia do Guaratuba à direita (2022).
Imagem 2: Esquerda: Foz do rio Itaguaré, Bertioga/SP.
Imagem 3: Direita: Vista aérea da região.
Fotos: Adriana Mattoso.
Praia de Perequê, Guarujá/SP:
Texto 1: Praia de Perequê, Guarujá/SP.
"A praia de Perequê, localizada no Guarujá-SP, é uma praia com 2,4km de extensão e relativamente afastada das principais da cidade, sendo pela maior parte do ano pouco ocupada. Suas águas possuem diversos barcos ancorados por ser uma área famosa pela pesca, além de grandes belezas naturais, propiciando ótima vista a quem a visitar. A região em questão é atingida por poluição frequente devido ao óleo e tintas dos barcos e alta carga de esgoto que atinge o mar, o que a faz imprópria para o banho. A praia é destino de desembocadura do rio do peixe, este no qual é afetado por contaminação de seus corpos hídricos em decorrência da intensa expansão demográfica, aumento de atividades econômicas e baixo planejamento. Tal situação fez com que a região recebesse maior evidência, como a criação da ONG “SOS Rio do Peixe”, criada com objetivo de combater atividades maléficas ao rio do Peixe e recuperá-lo. Além de desaguar na praia do Perequê, suas margens dão lar a áreas de mangue, fundamentais para o meio ambiente. Tendo tudo isso em vista, o projeto do rio do Peixe se caracteriza, por meio de atividades de campo de coleta de amostras de água, mensurar a situação ambiental do Rio do Peixe no aspecto físico-químico, microbiológico e ecotoxicológico."
Autor: Caio Bandeira Terrocci.
Imagem 1: Ano 2009.
Imagem 2: Ano 2010.
Imagem 3: Ano 2011.
Imagem 4: Ano 2013.
Imagem 5: Ano 2014.
Imagem 6: Ano 2016.
Imagem 7: Ano 2017.
Imagem 8: Ano 2018.
Imagem 9: Ano 2019.
Imagem 10: Ano 2020.
Imagem 11: Ano 2021.
Texto 2: Praia de Perequê, Guarujá/SP.
"A praia de Perequê, localizada no Guarujá-SP, é uma praia relativamente afastada da principais da cidade, sendo pela maior parte do ano pouco ocupada. Possui diversos barcos ancorados por ser uma área conhecida pela pesca, embora seja imprópria para banho devido à poluição causada pelo óleo dos barcos. Com a observação das imagens retiradas do Google Earth, nota-se apresença de barcos à oeste em todas as fotos, além da comprida faixa de areia de 2,4km de extensão. Além disso, percebe-se o fato de se tratar de um mar tranquilo com poucas ondas. Há dois corpos d’água vindos da parte continental (uma a leste e outro a oeste) que desembocam no mar. Comparando as imagens de 2009 até o presente ano, ou seja, mais de uma década e, desconsiderando fatores climáticos (ventos, nuvens, maré, luminosidade), nota-se uma baixa alteração visual da área da praia do Perequê. As principais mudanças, porém baixas, foram a diminuição de vegetação e o aumento de construções em algumas áreas, principalmente a extremo leste, ao lado da mata."
Autor: Caio Bandeira Terrocci.
Imagem 12: Ano 2009.
Imagem 13: Ano 2010.
Imagem 14: Ano 2011.
Imagem 15: Ano 2013.
Imagem 16: Ano 2015.
Imagem 17: Ano 2016.
Imagem 18: Ano 2017.
Imagem 19: Ano 2018.
Imagem 20: Ano 2020.
Imagem 21: Ano 2021.
Imagem 22: Ano 2022.
Imagem 23: Ano 2014.
Imagem 24: Ano 2019.
Resultados outros
Em 2017 foi dada prioridade à praia do Góes, localizada em Guarujá/SP, para desenvolvimento de atividades extensionistas com equipe de alunos bolsistas e colaboradores.
Resultados das investidas na praia do Góes na forma de poster.
Em 2018 estão sendo desenvolvidas atividades em Bertioga/SP, na foz do rio Itaguaré e imediações, em parceria com projeto de pesquisa apoiado pelo Parque Estadual da Restinga de Bertioga/SP. Trata-se do projeto MAPEAMENTO DIGITAL DO PARQUE ESTADUAL DA RESTINGA DE BERTIOGA/SP.
O projeto Sentinelas das Praias tem apoio também do projeto de pesquisa PIBITI denominado MAPEAMENTO DIGITAL DO PARQUE ESTADUAL DA RESTINGA DE BERTIOGA - PERB - NA PERSPECTIVA DAS DIMENSÕES FÍSICA E SOCIAL.
Investidas na realização do trabalho de campo na foz do rio Itaguaré em 22/09/2018 e no trabalho de campo na foz do rio Itaguaré em 23/06/2018 têm aprimorado as atividades de extensão do projeto Sentinelas das Praias.
Em breve mais resultados por aqui.
Mapas e Imagens
1- Imagens LANDSAT do litoral de Santos, Guarujá e São Vicente/SP:
Composições coloridas RGB:
a) LANDSAT8 (31 de maio de 2014):
b) LANDSAT5 (23 de maio de 2011):
c) LANDSAT7 (25 de maio de 2003):
2- Trilha (linha verde abaixo) executada em 1º de novembro de 2015, com receptor GPS Garmin Map 60Cx, indicativa do trajeto de visita de reconhecimento de praias de Guarujá-SP:
Textos
Geologia Costeira e Marinha Rasa:
A geologia costeira está amplamente relacionada aos processos erosivos e de deposição de sedimentos. É nas zonas do litoral que há o encontro do mar com o continente, e esse encontro resulta em faixas de areias planas entre costões rochosos (Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 428). Essas faixas de areia e costões rochosos são alvos de processos de intemperismo de diferentes escalas e intensidades, como exemplos podemos citar o acúmulo de sedimentação trazidos por marés baixas de maior frequência que altas e a erosão causada por uma grande ressaca no mar, até mesmo processos de intemperismo antrópicos (Andrade, F. 2009). Próximos a esse encontro, há uma zona conhecida como margens continentais (Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 428). Nessa zona é onde temos contato com a geologia marinha rasa, e onde encontramos as plataformas e os taludes continentais. As plataformas continentais são regiões que possuem uma das partes mais valiosas dos oceanos, onde encontramos atividades de perfuração para exploração de petróleo e gás natural, além de pesca e pesquisas aplicadas. A maior parte das plataformas continentais que estão a menos de 100m de profundidade estariam acima do nível do mar durante a última glaciação, durante o Pleistoceno, e foi durante essa era que suas feições mais importantes foram criadas. Os taludes porém já são regiões de transição entre as plataformas continentais e a planície abissal, onde há uma grande elevação das regiões mais fundas dos oceanos, até as plataformas. Nessa região é muito comum a formação de leques de assoalhos devido à deposição de sedimentos erodidos da plataforma e trazidos por correntes marinhas.
Processos Costeiros - Ventos, Ondas, Marés, Correntes Litorâneas, Preciptação:
Processos costeiros são fenômenos que atuam e modificam os ambientes onde há o encontro entre o oceano e o continente. Os principais agentes que causam modificações no litoral são: regime de ventos, clima de ondas, marés astronômicas e meteorológicas, precipitação e zonas de convergência intertropical (Dominguez, J. M. L. UFBA, 2009). O clima de ondas representa a componente de maior influência nas costas, pois através da energia das ondas, intensidade e recorrência das tempestades são os responsáveis pela dinâmica do transporte e deposição dos sedimentos nesses sistemas (Tessler, 2005). As ondas são criadas através dos ventos que atuam na superfície dos oceanos, transferindo a energia para água, fazendo com que ocorra o movimento ondular até alcançar a zona costeira. O tamanho e força das ondas dependem da velocidade com que esse vento sopra e com sua intensidade, além da distância em que essa onda percorre até a costa (Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 429).
O regime de marés é um elemento modelador da costa ao associar a deposição de sedimentos com a velocidade de marés. Esse transporte sedimentar é ainda mais notável em áreas onde a variação de marés é mais expressiva (Tessler, 2005). As precipitações e as zonas de convergência são as responsáveis pela criação de tempestades, que causam o aumento do tamanho e da força das ondas.
Erosão Marinha:
As alterações históricas do Nível Médio do Mar (NMM), a maior frequência de grandes tempestades e ressacas, além de fatores antrópicos, são as principais causas da erosão costeira. A erosão é o transporte sedimentar responsável pela retirada de sedimentos de determinadas áreas e as depositar em outras regiões, em locais onde ocorre erosão costeira, há o recuo da linha de costa (Silva et al., 2005). O litoral brasileiro é formado por extensos trechos de deposição de sedimentos marinhos arenosos. Esses sedimentos, por serem inconsolidados são mais suscetíveis a processos de transporte e remobilização (Souza, R. C. G., 2012). Dessa maneira, a erosão é caracterizada como a saída de sedimentos da linha praial, transportado para dunas ou para zonas submersas de maiores profundidades no oceano (Teixeira, 2009Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 431). Em alguns casos são remobilizados e depositados em outras praias do litoral.
Progradação Marinha:
Oposto à erosão marinha, a progradação ocorre quando há o acúmulo de sedimentos, trazidos pelo transporte, e assim há o alargamento ou engordamento da faixa de areia nas zonas costeiras (Muehe, 2006). A progradação já é a entrada de sedimentos na linha praial, sendo trazidos pela ação de ondas, marés e rios. (Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 431).
Praia arenosa:
As praias são zonas do litoral compreendidas entre a preamar e baixamar mpedias, marcadas pela linha de costa. São formadas por areia e seixos, sendo segmentos espaciais retilíneos, com grande variação de comprimento. Outras podem ser pequenas faixas de areia entre rochas (Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 428). As praias podem mudar de forma repentinamente de acordo com os níveis de erosão e/ou progradação que atuam na linha de costa. Esses transportes de sedimentos criam cinturões de dunas que bordejam a porção interior de algumas praias, e criam terraços de marés, que são áreas planas e rasas entre a praia superior e uma barra de areia mais externa (Teixeira, W. Decifrando a Terra, 2009, p. 431).
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